PARANÁ
Após investimentos, Paraná atinge em 2024 a menor taxa de homicídios da história

Foto: Gabriel Rosa/AEN
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Foram 1.663 homicídios dolosos entre janeiro e dezembro, o que representa uma taxa de 14,06 homicídios por 100 mil habitantes. Tanto em números absolutos, quanto proporcionais, os índices são os menores desde o início da série histórica, iniciada em 2007.
O Paraná registrou a menor taxa de homicídios da história em 2024, de acordo com os dados do Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria de Estado de Segurança Pública, divulgados nesta quarta-feira (19). Foram 1.663 homicídios dolosos entre janeiro e dezembro, o que representa uma taxa de 14,06 homicídios por 100 mil habitantes. Tanto em números absolutos, quanto proporcionais, os índices são os menores desde o início da série histórica, iniciada em 2007.

O número representa uma queda de 9,4% em relação a 2023, quando foram registrados 1.837 assassinatos no Paraná. Naquele ano, a taxa de homicídios foi de 15,63 mortes por 100 mil habitantes.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, os dados reforçam a eficácia das políticas de segurança pública em andamento no Estado e a importância dos investimentos feitos nas forças de segurança do Paraná ao longo dos últimos anos, como a contratação de novos policiais, aquisição de armamentos, viaturas e helicópteros.
“Tivemos reduções em todos os indicadores de criminalidade, especialmente dos homicídios, em que houve uma redução muito significativa nos números, assim como dos latrocínios, que são crimes que incomodam muito a sociedade e as forças de segurança pública. Obviamente vamos continuar trabalhando para reduzir ainda mais os números ao longo do ano de 2025, mas os dados divulgados são muito positivos, o que nos deixa satisfeitos com o trabalho feito pelas polícias”, disse o secretário.
A análise histórica dos dados mostra uma queda progressiva nos homicídios dolosos em todo o Estado ao longo dos anos. Desde 2018, por exemplo, quando foram registrados 1.955 casos, com uma taxa de 17,23 mortes por 100 mil habitantes, a queda é de 14,9% no número total de homicídios.
Em um recorte mais abrangente a queda é ainda mais drástica. Na comparação com 2010, por exemplo, a taxa atual de homicídios caiu pela metade. Na época, foram registrados 3.276 homicídios dolosos em todo o Estado, com uma taxa de 30,4 mortes por 100 mil habitantes.
O recorde anterior tinha sido alcançado em 2019, quando foram registrados 1.780 assassinatos no Paraná, a uma taxa de 15,57 mortes por 100 mil habitantes. Nesta comparação, a queda no número absoluto de homicídios foi de 6,5%, mesmo com aumento populacional de quase 400 mil moradores no Estado no período.
“Essa redução na criminalidade é resultado de um amplo planejamento do Governo do Estado e integração entre as polícias Civil e Militar, que trabalham juntas a partir da análise estatística dos dados, além de prisões e operações especiais em todo o Estado”, complementou o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach.
“Estamos atuando com muita força policial nas regiões onde havia o maior número de homicídios e os resultados estão aparecendo. Além disso, tivemos um amplo investimento tanto na contratação de mais policiais quanto de novos equipamentos, o que ajuda a reforçar o atendimento ao cidadão”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Jefferson Silva.
CIDADES – Das 399 cidades do Paraná, 138 não registraram homicídios dolosos ao longo de 2024, como Rio Negro, Realeza, Planalto, Assaí, Mallet, Ribeirão Claro, Jardim Alegre, Barbosa Ferraz, Agudos do Sul, entre outras. Isso quer dizer que uma em cada três cidades passou os doze meses do ano sem assassinatos. Em números absolutos, são quatro cidades a mais sem homicídios do que foi registrado em 2023.
Em outras 99 cidades houve apenas um homicídio ao longo do ano e em 103 cidades foram registrados de 2 a 5 homicídios dolosos em 2024. Apenas 31 municípios paranaenses registraram de 6 a 10 homicídios em 2024, o que representa 7,7% das cidades do Estado, e outros 28 municípios tiveram mais de 10 ocorrências de homicídio, o que representa 7% de todo o Paraná.
LATROCÍNIOS – O Estado também registrou queda no total de latrocínios, que são os roubos seguidos de morte. Em 2024, foram 46 casos, o que significa uma queda de 9,8% em relação a 2023, quando foram registrados 51 latrocínios. Em um recorte histórico maior, o total de latrocínios no Paraná caiu pela metade entre 2018 e 2024. Há seis anos, eram 94 latrocínios.
INVESTIMENTOS – Ano após ano, o Governo do Estado tem aumentado os repasses para segurança pública, fortalecendo o combate à criminalidade e oferecendo mais qualidade no trabalho dos servidores, resultando na prestação de um serviço cada vez melhor para a população. O orçamento da pasta saiu de R$ 2,5 bilhões em 2019 para R$ 6,5 bilhões em 2024.
Somente em 2024, foram entregues 360 veículos, entre viaturas, lanchas, caminhões e ambulâncias para as forças de segurança pública estaduais, além da destinação de cerca de R$ 117 milhões para compra de helicópteros e blindados para a Polícia Militar.
Já em 2025, o Governo do Estado anunciou concurso para contratação de dois mil policiais militares e 600 bombeiros militares, previsto ainda para este ano. A Sesp também irá comprar 93 cães para reforçar a atuação das forças policiais, sobretudo na detecção de drogas e explosivos, fiscalizações de veículos em estradas, salvamentos de vítimas de desastres e busca de pessoas desaparecidas.
A pasta também já contratou e prevê entregar em breve mais 440 viaturas para as forças de segurança, 53 camionetes de grande porte para missões especiais, 1.900 armas portáteis (carabinas e fuzis), 5.200 pistolas 9mm para as polícias Militar, Penal e Científica, 200 motocicletas e 1.400 tasers (dispositivo incapacitante de choque) para todas as polícias.


PARANÁ
Com rendimentos maiores que as dívidas, Paraná tem melhor resultado financeiro do Brasil

O Paraná encerrou 2024 com rendimentos maiores do que os gastos com juros da dívida. As aplicações do Estado rentabilizaram cerca de R$ 4,7 bilhões ao longo de todo o ano passado, valor suficiente para cobrir os R$ 2,73 bilhões de juros da dívida no período. Com isso, o Paraná encerrou o ano com juros nominais (diferença entre rendimento e juros da dívida) de R$ 1,97 bilhão, o melhor resultado de todo o Brasil, segundo dados do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do Tesouro Nacional.
Os juros nominais são o saldo líquido entre os juros passivos, que correspondem aos encargos financeiros pagos pelos estados sobre sua dívida pública, e os juros ativos, que são os rendimentos obtidos por meio de aplicações financeiras e recebimentos de juros sobre créditos concedidos. Essa conta é um indicador que pode ser utilizado para avaliar a gestão financeira dos estados, pois revela se o governo está pagando mais juros do que recebe ou se, ao contrário, possui um saldo financeiro positivo nessa equação. No caso paranaense, trata-se da segunda opção.
Na prática, isso significa que o Paraná alcançou um nível de gestão do endividamento público que poucos estados brasileiros conseguiram. Enquanto a maior parte da federação lida com o aumento da dívida por causa desses encargos, o Paraná conquistou sustentabilidade financeira. Com os juros sendo pagos apenas com os rendimentos, o governo estadual não precisa alocar recursos do orçamento para esse fim, o que significa que sobra mais espaço para obras e outros investimentos – não à toa o Estado alcançou em 2024 o maior investimento da história.

Como explica o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, trata-se da mesma lógica do orçamento doméstico. “Se uma família tem aplicações que rendem o suficiente para pagar o financiamento da casa ou do carro, sobra dinheiro no fim do mês para que ela viaje ou invista na melhoria de sua qualidade de vida”, ilustra. “Com as contas públicas, não é diferente. Gastar menos com juros significa gastar mais com aquilo que vai mudar a vida do paranaense”.
LIDERANÇA NACIONAL – Para ter uma ideia do que esses R$ 1,97 bilhão alcançados pelo Paraná representam, a cifra é equivalente ao triplo do obtido pela Paraíba, segundo colocado no ranking do Tesouro Nacional, que terminou o ano com um saldo positivo de R$ 639,1 milhões. Entre as principais economias do País, São Paulo (-R$ 26,5 milhões), Rio de Janeiro (-R$ 18,6 milhões) e Minas Gerais (-R$ 8,1 milhões) tiveram saldos negativos.
Além disso, o resultado paranaense também foi responsável por garantir à região Sul a liderança entre as regiões que mais se rentabilizaram em 2024. Enquanto o Rio Grande do Sul fechou o ano com um resultado positivo de R$ 33,5 milhões, Santa Catarina teve mais juros da dívida do que de aplicações, encerrando o período com juros nominais negativos de R$ 1,38 bilhão.
Isso significa que, além do Paraná ter puxado o resultado da região para cima, fechando em R$ 617,8 milhões — o melhor do Brasil, à frente do Centro-Oeste, com R$ 59,4 milhões —, o próprio resultado paranaense foi três vezes maior do que a soma do trio sulista.
“É uma soma de fatores que trazem esse resultado tão expressivo para o Estado, principalmente na forma como a administração dos ativos financeiros do Paraná foi feita, além da aplicação eficiente de recursos”, explica a diretora do Tesouro Estadual, Carin Deda.
DÍVIDA NEGATIVA – Segundo ela, o resultado positivo do Paraná traz ainda algumas consequências bastante benéficas. A principal delas é a redução da necessidade de financiamento adicional para lidar com a própria dívida pública. “Isso é algo que melhora a posição fiscal do Estado, pois mostra o comprometimento da gestão de não aumentar o endividamento, mantendo as contas em ordem”, explica.
Outro ponto é a dívida consolidada líquida (DCL), que é a diferença daquilo que o Estado tem disponível em caixa com o saldo da dívida em si. Em 2024, o Paraná fechou com uma dívida negativa de R$ 3,3 bilhões. Em termos práticos, isso quer dizer que o Estado tem capacidade de pagar todas as suas obrigações e ainda sobraria dinheiro e que evidencia o nível da saúde financeira paranaense.
Como explica a diretora do Tesouro Estadual, a dívida negativa é um importante indicativo de que a gestão financeira está nos rumos certos, pois mostra o quanto o Paraná vem conseguindo equilibrar sua disponibilidade em caixa com a dívida consolidada. “Em última instância, esse saldo positivo dá mais fôlego para o Estado investir e garantir seu crescimento. Tanto que, mesmo com os investimentos recordes do último ano, o Paraná não aumentou seu endividamento”, diz.
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