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De cáries a doenças do coração: o que a falta de higiene bucal pode causar?

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De cáries a doenças do coração: o que a falta de higiene bucal pode causar?

 

 

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que quase metade da população mundial (45% ou 3,5 bilhões de pessoas) sofre de doenças bucais. Nos últimos 30 anos, os casos globais aumentaram em 1 bilhão, indicando que os cuidados com a higiene da boca não ganharam a atenção que deveriam.
Segundo a OMS, entre as doenças mais comuns estão a cárie dentária, periodontite grave, perda dentária e câncer bucal. Considerada “a porta de entrada do organismo”, a boca reflete o estado sistêmico do indivíduo.
“A saúde começa pela boca e vai muito além de um sorriso bonito. Cuidar da higiene bucal é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças que afetam todo o corpo, incluindo câncer de boca, problemas cardiovasculares e até o agravamento de condições sistêmicas, como o diabetes”, explica a mestre em Endodontia e coordenadora do curso de Odontologia do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Thamara Costa Maluf.
A especialista ressalta que processos infecciosos, inflamatórios ou até deficiências nutricionais podem se manifestar inicialmente na cavidade oral. “Por isso, é fundamental compreender que cuidar da saúde bucal é cuidar do corpo como um todo”.

 

 

CÂNCER DE BOCA
Um dos aspectos mais preocupantes relacionados à falta de higiene bucal é o aumento do risco de câncer de boca, especialmente entre fumantes e pessoas que consomem bebidas alcoólicas em excesso. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença é o oitavo tipo de câncer mais frequente no Brasil e, no triênio 2022-2025, deve ultrapassar a marca de 15 mil pacientes diagnosticados.
A inflamação crônica causada pelo acúmulo de biofilme (placa bacteriana) cria um ambiente favorável para alterações celulares malignas. “Feridas que não cicatrizam em até 15 dias, manchas brancas ou avermelhadas, sangramentos sem causa aparente e dor ao engolir são sinais de alerta. Ao menor sintoma persistente, é essencial procurar um cirurgião-dentista”, orienta Thamara.
IMPACTOS NO ORGANISMO
O impacto da má higiene bucal pode ir muito além da cavidade oral. O sistema cardiovascular é um dos mais afetados, com aumento do risco de aterosclerose (obstruções nas artérias que nutrem o coração) e endocardite bacteriana (infecção grave do revestimento interno do coração).
Já o sistema respiratório pode ser comprometido pela aspiração de bactérias orais, especialmente em pacientes hospitalizados, levando a casos de pneumonia. Além disso, doenças periodontais podem interferir no controle glicêmico de diabéticos e causar desequilíbrios inflamatórios em todo o organismo. “É por isso que a saúde bucal precisa ser vista como parte integrante da saúde geral”, reforça Thamara.

CUIDADOS INDISPENSÁVEIS
A boa notícia é que a prevenção é simples e acessível. Escovar os dentes ao menos três vezes ao dia, usar fio dental diariamente e visitar o dentista semestralmente são atitudes básicas e que trazem bons resultados.
A especialista destaca a importância de escolher escovas com cerdas macias, trocá-las a cada três meses e utilizar creme dental com flúor. “Além disso, limpar a língua e manter uma alimentação equilibrada também faz parte dos cuidados essenciais. São hábitos que ajudam a controlar o número de bactérias na boca e evitam doenças”, complementa.
Thamara lembra que os cuidados com a higiene bucal se adaptam a cada fase da vida. Nas crianças, a prevenção começa antes mesmo da erupção dos dentes, com orientação aos pais e escovação supervisionada. Nos adultos, o foco é a manutenção da saúde da gengiva. Já nos idosos, o cuidado se volta para próteses, mucosas e a atenção à boca seca, um efeito colateral comum do uso de medicamentos.

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OLHAR SISTÊMICO
Reconhecer a saúde bucal como parte integrante do bem-estar geral exige sólidos conhecimentos odontológicos, experiência prática, formação humanizada e atualizada com as evidências científicas.
“A profissão requer um olhar cuidadoso e sistêmico. Por isso, proporcionamos aos nossos estudantes uma vivência real, moderna e conectada com as tendências da carreira. Um exemplo é a Clínica Odontológica Integrado, onde os estudantes vivenciam experiências, aprimoram suas habilidades, adquirem novos conhecimentos, atendem pacientes de toda a região e ajudam a melhorar a saúde bucal da sociedade”, complementa Thamara Costa Maluf.

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Vacina para gestantes contra o vírus sincicial respiratório é incorporada ao SUS

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Vacina para gestantes contra o vírus sincicial respiratório é incorporada ao SUS

Imunizante protege recém-nascidos nos primeiros meses de vida
Imunização visa proteger recém-nascidos de doenças respiratórias graves nos primeiros meses de vida

 

 


As gestantes paranaenses contarão ainda neste ano com um novo imunizante no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS): a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O Ministério da Saúde anunciou o envio das doses aos estados a partir da segunda quinzena de novembro, e o Paraná já se organiza para imunizar as 138.008 gestantes aptas a receber a vacina.
O imunizante será aplicado em dose única em mulheres a partir da 28ª semana de gestação, sem restrição de idade materna. O objetivo é proteger o recém-nascido nos primeiros seis meses de vida, período de maior vulnerabilidade a doenças graves causadas pelo VSR, como bronquiolite e pneumonia.
Ao ser vacinada, a gestante transfere anticorpos ao feto por meio da placenta, reduzindo o risco de infecção grave e complicações respiratórias após o nascimento.
“A incorporação deste novo imunizante é um passo muito significativo para a saúde pública. É um ganho importante para o cuidado da mãe e do bebê, pois vacinando as gestantes contra o VSR elas conferem imunidade passiva ao filho, protegendo-o contra infecção grave nos primeiros meses de vida”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já iniciou o planejamento técnico e operacional para a chegada do novo imunizante, incluindo capacitação das equipes municipais sobre armazenamento, aplicação e registro das doses. Assim que o Ministério da Saúde confirmar o envio, as vacinas serão distribuídas às regionais e repassadas aos municípios.
“O vírus, no inverno passado, atingiu muitas pessoas, chegando a fazer vítimas. A vacinação está à disposição, e já estamos nos organizando para fazer a melhor imunização contra o vírus sincicial respiratório aqui no Paraná”, acrescentou o secretário.
O vírus sincicial respiratório é uma das principais causas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em bebês, especialmente nos menores de seis meses. A infecção pode evoluir para quadros severos, exigindo internação hospitalar.
De acordo com o Informe Epidemiológico de Síndromes Respiratórias Agudas Graves da Sesa, o VSR é identificado anualmente como um dos vírus mais prevalentes nas amostras analisadas pelo Lacen/PR, o que reforça a importância da imunização preventiva.
Durante a gestação, as vacinas têm dupla função: protegem a mãe e o bebê.
Pelo SUS, o calendário nacional inclui os seguintes imunizantes recomendados para gestantes:
• Dupla adulto (dT)
• dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto)
• Hepatite B
• Influenza (gripe)
• Covid-19
• E, a partir deste ano, vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
A Sesa orienta que todas as gestantes procurem a unidade de saúde de referência para se informar sobre as vacinas indicadas e o cronograma de aplicação.

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