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Filha de gari e vigia, aprovada em Medicina, estudou com livros doados e venceu
Filha de gari e vigia, aprovada em Medicina, estudou com livros doados e venceu
Angélica, de 20 anos, filha de uma gari e um vigia, estudou muito foi aprovada em Medicina
estudando com livros doados: “Minha mãe ia apagando as repostas e eu ia estudando” – Foto: Angélica Oton/Arquivo pessoal
Veja que história linda dessa jovem, filha de uma gari e um vigia, que passou em Medicina depois de duas tentativas. Sem dinheiro para pagar cursinho, ela estudava pelo Youtube, com livros doados e apostilas que o pai imprimia no emprego dele.
Com a nota do Enem, Angélica Oton, de 20 anos, foi aprovada pelo Sisu 2024 na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com muito estudo e a uma ajuda incrível dos pais.
E era a mãe dela, Maria do Rosário, quem comprava borracha para apagar as respostas escritas pelos antigos donos: “Minha mãe ia apagando as repostas e eu ia estudando”, contou Angélica.
Tentou três vezes
Moradora de Boa Ventura, na Paraíba, ela foi bolsista em uma escola localizada na cidade vizinha, Itaporanga e acordava de madrugada para estudar.
“Todos os dias não eram iguais. Estudava até 11 horas, mas variava. Teve dia que de tão cansada estudei 40 minutos. Mas no meu plano de estudos, devia fechar as 10 horas por dia”, disse.
Angélica estudou pelo Youtube e como a família tem poucos recursos, foi obrigada a dividir a mensalidade de uma assinatura de plataforma de correção de redações com uma amiga.
Ela enchia as paredes de casa com post it, pedaços de papel colorido, para estudar e a ótima memória fotográfica a ajudou na hora da prova. Alcançou uma média de 877,55 pontos no Sisu, na modalidade ampla concorrência com bônus regional.
“Fiquei muito feliz quando eu vi o meu nome. Deu uma sensação de alívio e de dever cumprido. Corri e abracei meu pai. Corri e abracei minha mãe. Os vizinhos chegando. Todo mundo tava torcendo por isso, e a gente ficou muito feliz”, lembrou.
Casa sem móveis
Os pais investiram tudo que tinham na educação da filha. Muitos perguntavam por que não havia móveis na casa da família e Angélica disse o motivo:
‘Nossa casa praticamente não tem móveis porque minha mãe tava investindo na minha educação’.
Mais do que gratidão, a filha sonha em dar uma vida melhor aos pais
“Uma das minhas maiores motivações sempre foi ver eles ali trabalhando, se esforçando. Sempre arrumavam outros empregos pra completar a renda da família […] Eles foram essenciais. Sem eles eu não teria como conseguir”, agradeceu.
Ajudar os pais
Agora a filha quer concluir o curso de Medicina e depois ajudar os pais:
“Meu pai sempre disse que o sonho dele era ter uma fazenda. E desde pequena eu digo que vou arrumar um emprego pra realizar. Sempre pensei em tirar minha mãe do trabalho dela, que é muito cansativo. Não tem como retribuir a um pai e uma mãe, mas ajudar eles (sic) a mudar de vida. E a minha família como um todo. Dar qualidade de vida para eles, uma casa melhor para morar”, disse.
Uma vitória, tantos planos e tanta gratidão.
Alguma dúvida de que a Angélica será uma grande médica?
Com informações do G1
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Mulher morre carbonizada após marido atear fogo na residência que ela vivia
Mulher morre carbonizada após marido atear fogo na residência que ela vivia
De acordo com a Polícia Civil, a mãe da vítima disse que o suspeito ainda tentou forçá-la a dizer que foi um incêndio acidental
Uma mulher, de 28 anos, morreu carbonizada em um incêndio criminoso em Nossa Senhora das Graças, região de Maringá, na tarde do último domingo (8). A vítima, identificada como Maria Aparecida Moraes, teria sido morta pelo companheiro, que foi preso em flagrante suspeito de atear fogo no imóvel após uma briga do casal.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe de Maria Aparecida denunciou o genro, que teria tentado forçá-la a dizer que o incêndio foi acidental. Segundo o delegado Vagner Malaquias, o homem teria incendiado o quarto onde a vítima estava. “A mãe da vítima relatou que foi ameaçada pelo autor, que colocou fogo no cômodo após uma discussão”, explicou.
O incêndio atingiu principalmente o quarto, onde o corpo da vítima foi encontrado. Maria Aparecida e sua mãe moravam na residência, que pertencia ao suspeito. O casal tinha um histórico de violência doméstica, e o homem já havia sido preso por três meses por agredir a vítima, mas foi solto após ela retirar as queixas.
Equipes da Polícia Científica realizaram uma perícia no local para determinar as causas do incêndio. O suspeito foi levado para Maringá e permanece preso. O caso é investigado como feminicídio.
(Com informações RIC Mais)
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