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Governo anuncia criação do Palácio da Seda para agregar moda, turismo e cultura

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Governo anuncia criação do Palácio da Seda para agregar moda, turismo e cultura
Em fase final da elaboração do projeto, o equipamento vai ser instalado na histórica Casa Andrade Muricy, na esquina da Rua Saldanha Marinho com a Alameda Dr. Muricy, na região Central de Curitiba. Local vai ajudar a promover a seda paranaense, referência nacional e internacional.

O Paraná vai ganhar um importante polo agregador de moda, turismo e cultura aliado ao estímulo à produção da seda – o Estado responde por 83% de toda a produção nacional do fio. O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quinta-feira (22), em participação virtual no I Congresso Internacional da Associação Brasileira da Seda (Abraseda) e 37º Encontro Estadual de Sericicultura, a criação do Palácio da Seda, em Curitiba.

Os eventos com foco no desenvolvimento da seda no País ocorrem simultaneamente em Londrina, na Região Norte, e também contaram com a presença do governador em exercício Darci Piana na abertura – Ratinho Junior cumpre agenda no México.

Em fase final da elaboração do projeto, o equipamento vai ser instalado na histórica Casa Andrade Muricy, na esquina da Rua Saldanha Marinho com a Alameda Dr. Muricy, na região Central da Capital. De acordo com o governador, o Palácio da Seda está sendo projetado para ser um espaço cultural pulsante que reunirá arte, ciência, exposições e incentivo à criatividade do design com a seda.

“A cultura da seda dá ao Paraná um lugar privilegiado por produzir o fio com maior qualidade do mundo. Vamos instalar o Palácio da Seda em um prédio histórico de Curitiba com o objetivo de transformá-lo em referência internacional. Vai representar o potencial e a liderança do Paraná na produção da seda”, afirmou Ratinho Junior. “O projeto já está em fase bem avançada. Queremos começar a reforma nos próximos meses”.

Ele lembrou que o valor total do investimento na obra por parte do Governo do Estado depende da conclusão do projeto. “Lá, queremos reunir jovens estilistas de moda em um ambiente compartilhado para que possam criar a partir desta matéria-prima tão nobre”, destacou o governador.

O Palácio da Seda se somará às instituições culturais do Estado e será um local de encontros e visitação para a população e turistas do mundo inteiro que passam pela Capital. “Vamos unir cultura e turismo em um único lugar, atraindo mais gente para conhecer o Paraná e, claro, a representatividade da nossa seda”, afirmou Piana.

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“Além disso, o fio da seda produzido no Brasil tem alta qualidade, abastecendo o mercado de luxo europeu. Nada mais justo que tenhamos um espaço dedicado a essa cultura milenar, fazendo a relação entre o campo, onde tudo começa, e a transformação desse fio em obras de arte, roupas, objetos e acessórios extremamente interessantes e sustentáveis”, afirmou a superintendente-geral da Cultura no Estado, Luciana Casagrande Pereira.

 

HISTÓRICO – A Casa Andrade Muricy foi construída entre 1923 e 1926, em estilo eclético. Sede de vários órgãos públicos no decorrer dos anos, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, em 1977. O imóvel leva nome do escritor curitibano José Cândido de Andrade Muricy (1895-1984), neto do médico baiano Dr. Muricy, que batiza a Alameda onde se situa o edifício.
O local fica em anexo à Superintendência da Cultura do Paraná e estava há alguns anos desativado. “É a seda colaborando com o desenvolvimento da cultura e do turismo”, destacou a presidente da Abraseda, Renata Amano.

PRODUÇÃO – De acordo com dados da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná conta com mais de 1,8 mil produtores de casulo de seda em 176 municípios, que ocupam 4.700 hectares de plantação de amoreiras (que são alimentos para os bichos). São 2,2 mil toneladas produzidas anualmente, o que representa 83% de toda a seda do País. 96% do material foi para exportação, especialmente para a Europa.

O Norte e Noroeste são as regiões que mais se destacam. Nova Esperança é a maior produtora, seguida por Astorga, Diamante do Sul, Cândido de Abreu e Jardim Alegre. “A atividade permite ao pequeno agricultor ficar no campo, gerar renda. E a seda paranaense ganhar o mundo”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Caiu no gosto das principais grifes do mundo da moda”.

A sericicultura gera perto de 8 mil empregos diretos e indiretos, sendo particularmente atraente para pequenas áreas, entre 2 e 5 hectares. O bicho-da-seda se alimenta da folha da amoreira, uma cultura limpa que utiliza preferencialmente adubo orgânico.

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PROJETO – Como forma de estimular o setor, o Governo do Estado, por meio da Universidade Estadual de Londrina (UEL), desenvolve o projeto Seda Brasil o Fio que Transforma, composto por professores de várias áreas e que busca fomentar uma rede econômica e produtiva, com o intuito de incentivar novos empreendedores para o desenvolvimento da cadeia da seda de forma sustentável.
O programa é financiado com recursos do Estado. Em maio foram anunciados R$ 339 mil para a fase 2. O investimento apoiará bolsas de estudo e custeio (equipamentos, viagens e sequenciamento genético).

O projeto existe desde 2016 e reúne pesquisadores de diversas áreas (Design, Biologia, Química e Zootecnia). Busca melhorar a qualidade da seda e ampliar a quantidade de produtores, a partir do entendimento genético do bicho-da-seda e do produto final; a possibilidade de produzir entressafra, no inverno; o uso medicinal para tratar feridas crônicas e queimaduras; e a ampliação das áreas livres de defensivos agrícolas. A primeira fase da ação contou com investimento de R$ 300 mil.

“A universidade tem como um dos objetivos desenvolver a comunidade em que está inserida. Por meio da pesquisa científica, podemos colaborar com a região e com a cadeia da seda”, afirmou o reitor da UEL, Sérgio Carvalho.

 

 

Governador em exercício, Darci Piana, participa da abertura do 1º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Seda (Abraseda), em Londrina – Londrina, 22/07/2021 – Foto: José Fernando Ogura/AEN

PROGRAMAÇÃO – A programação do congresso prevê painéis abordando temas como práticas culturais, compactação de solo e cultivo intercalado; agroecologia; técnicas de manejo; produção mecanizada e cultivo orgânico. O evento, transmitido pela Internet, será durante toda a quinta-feira.
PRESENÇAS – Participaram do evento o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-PR), Natalino de Souza; o diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins; o presidente da Ceasa-PR, Eder Bublitz; a coordenadora da Casa Civil na região de Londrina, Sandra Moya; o vice-prefeito de Londrina, João Mendonça; o deputado estadual Tiago Amaral; o presidente da Câmara de Vereadores de Londrina, Jairo Tamura; o presidente da Fiação de Seda Bratac, Shiguero Taniguti Júnior; o presidente da Faciap, Fernando Moraes; a presidente da Câmara da Mulher Empreendedora de Londrina, Mônica Pires Batista; e a presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Márcia Monfrin.

Governador em exercício, Darci Piana, participa da abertura do 1º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Seda (Abraseda), em Londrina – Londrina, 22/07/2021 – Foto: José Fernando Ogura/AEN

Governador em exercício, Darci Piana, participa da abertura do 1º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Seda (Abraseda), em Londrina – Londrina, 22/07/2021 – Foto: José Fernando Ogura/AEN

Governador em exercício, Darci Piana, participa da abertura do 1º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Seda (Abraseda), em Londrina – Londrina, 22/07/2021 – Foto: José Fernando Ogura/AEN

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Acordar de madrugada para fumar e dores no peito: o relato dos jovens que tentam deixar o vício do vape

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Acordar de madrugada para fumar e dores no peito: o relato dos jovens que tentam deixar o vício do vape

Embora a venda seja proibida no país desde 2009, os vapes são facilmente encontrados nas ruas, portas de balada e até semáforos. Na sexta-feira (19), a Anvisa decidiu manter a proibição.
Aos 23 anos, o influenciador Gustavo Foganoli conta que passou os últimos nove fumando cigarro eletrônico. O vício nos vapes, como também são chamados, chegou a um nível em que ele acordava no meio da noite para dar umas tragadas e voltar a dormir. Foi quando percebeu que a situação havia saído de controle e decidiu tentar parar. Ele é o retrato da febre que esses dispositivos viraram entre os jovens no Brasil nos últimos anos.

 

 

Embora a venda seja proibida no país desde 2009, os vapes são facilmente encontrados nas ruas, portas de balada e até semáforos. Na sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter vetadas a propaganda e comercialização do dispositivo.
Um dos pontos da agência é, justamente, o acesso facilitado dos jovens à nicotina. Foi o caso do influenciado, que começou a fumar vape oas 14 anos durante um curso nos Estados Unidos. Ele já tinha fumado cigarro comum antes, mas percebeu um descontrole com a versão eletrônica.
O cigarro eletrônico tem a facilidade de você fumar em qualquer lugar. Eu me sentia à vontade para usar até em lugares onde não é permitido fumar porque ele não tem cheiro de cigarro. Só que, ao mesmo tempo, você também não tem muito controle da quantidade como no cigarro comum. Quando vi, não conseguia ficar sem fumar e usava até na sala de aula.
— Gustavo Foganoli, influenciador e dependente de nicotina.

 

A nicotina é uma substância altamente viciante e, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), não há quantidade segura para o consumo. É por causa dela que as pessoas ficam viciadas no cigarro e é um dos pontos centrais da discussão dos vapes.
O que os órgãos de saúde e entidades alegam é que, com o cheiro e gosto agradáveis, elas não passam a percepção de risco do cigarro e nem de conterem nicotina. Um dos pontos levantados pela Anvisa é que a forma como os dispositivos são divulgados confunde a percepção de que têm nicotina e que são viciantes.
Um dos argumentos da indústria é de que os vapes podem ser usados como “redução de danos”, ou seja, uma alternativa para quem quer parar de fumar. Apesar disso, a quantidade de nicotina é um dos pontos que põe em xeque a promessa.
O cigarro comum tem 1 mg de nicotina por unidade. A carga do cigarro eletrônico tem cerca de 50 mg – isso porque há marcas no mercado com volume até maior. Ou seja, se a pessoa fuma uma carga por dia, ela está fumando o que corresponde a 50 cigarros.
Não parava de fumar nem para dormir
Foganoli diz que não saia de casa sem o vape, até mesmo se precisava ir à portaria do prédio, um caminho de cerca de um minuto, mas só se deu conta do vício quando notou que estava acordando de madrugada para fumar.
Eu estava dormindo com um amigo em um evento e comentei que estava me sentindo cansado e não tinha dormido direito. Foi quando ele me contou que eu tinha acordado de madrugada para fumar mais de uma vez e que talvez isso tivesse me deixando cansado. Eu não me lembrava e não conseguia acreditar naquilo.
— Gustavo Foganoli, influenciador que compartilhou vício em nicotina.
Ao monitorar o próprio sono, ele percebeu em uma das gravações que, de fato, estava fumando ao longo da noite. (Veja o vídeo no início da reportagem.)
Foi aí que decidiu parar. Influenciador com mais de 5 milhões de seguidores no Tik Tok e cerca de um milhão no Instagram, ele decidiu abrir o que antes mantinha como um segredo e dizer que era viciado em vape e que ia começar uma jornada para parar de fumar.
“Eu nunca contei e nunca deixei vazar porque eu tinha medo de que alguém visse e fosse influenciado por aquilo. Eu usava, mas sabia que fazia mal, era uma questão de não saber como parar, de não conseguir. Eu poderia esconder e passar por esse processo sozinho? Sim, mas muitos outros da minha idade também estavam usando aquilo e eu não queria que isso continuasse”, conta.
Ele abriu a #semnicotina onde compartilha o seu dia a dia tentando parar de fumar e foi seguido por outros influenciadores, todos com menos de 25 anos, que também admitiram o vício e decidiram parar de fumar.
No processo, uma de suas amigas, Fernanda Schneider, atriz e influenciadora, foi forçada a parar de fumar. Ela diz que fuma desde os 15 anos e que começou com o cigarro eletrônico.
Em um vídeo compartilhado com seus mais de 17 milhões de seguidores, Fernanda conta que teve dores no peito e dificuldade para respirar e precisou ser hospitalizada. O diagnóstico? Uma inflamação na membrana pulmonar causada pelo cigarro eletrônico.
“Eu fui parar no hospital com dores absurdas, eu tô morrendo de dor, tô tomando codeína”, conta no vídeo.
“São nove anos fumando, não é fácil. Nos primeiros dias, eu tive crise de abstinência, tremores, mas eu vou continuar nesse processo. Se eu puder deixar alguma mensagem a quem, assim como eu, usa isso, é: ‘pare agora, enquanto ainda dá tempo. E os demais, fiquem bem longe disso’”, diz.
‘A gente quer fumar mais por mídia mesmo’: veja como cigarro eletrônico faz parte da rotina de jovens influenciadores
Moda entre os mais jovens
O uso do cigarro eletrônico entre os mais jovens é uma preocupação da Anvisa, médicos e pesquisadores por serem mais suscetíveis ao vício.
Para os especialistas, o apelo de cheiros, cores e sabores é o que chama atenção dos mais jovens. Segundo dados da pesquisa Vigitel, 60% das pessoas entrevistadas (de um universo de 52 mil) disseram que usavam vapes e que nunca tinham fumado antes do contato com o dispositivo. A maioria tinha até 24 anos.
A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Margareth Dalcolmo, conta que tem recebido pais que não sabem como ajudar os filhos viciados em cigarros eletrônicos.
Eu tenho atendido adolescentes com pulmões que parecem de uma pessoa de 90 anos. Cheguei a falar com uma escola particular de elite no Rio de Janeiro depois de atender pacientes que diziam fumavam no banheiro. São adolescentes dependentes químicos sem saber.
— Margareth Dalcolmo, presidente da SBPT
Nos Estados Unidos, quando houve o boom de mortes por doenças relacionadas aos vapes, em 2019, com mais de 52 mortos, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) informou que a maioria das vítimas era adolescente.
O Reino Unido quer proibir os cigarros eletrônicos para as pessoas nascidas até 2008, ou seja, com menos de 16 anos, para tentar evitar a crescente de jovens fumantes.
“Precisamos frear o acesso a esses dispositivos para não criarmos uma geração de dependentes de nicotina. O vape é prejudicial tanto quanto o cigarro comum. Nossos jovens estão usando isso achando que é uma fumacinha com gosto, mas é altamente tóxico”, explica André Szklo, epidemiologista especialista em controle do tabaco do Instituto Nacional do Câncer.
G1/Globo

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