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PIB do Paraná cresce 8,9% em cinco anos, acima da média nacional no período

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PIB do Paraná cresce 8,9% em cinco anos, acima da média nacional no período

Em termos nominais (considerando a inflação), o PIB paranaense cresceu 104,8% nos últimos 11 anos, passando de R$ 348 bilhões em 2014 para os projetados R$ 713 bilhões em 2024. Houve um salto grande nos últimos anos, com crescimento na casa de R$ 50 bilhões, enquanto nos anos anteriores era de R$ 20 bilhões.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu 8,9% entre 2019 e 2023, segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é superior ao crescimento brasileiro no período, de 7,8%. Somente no ano passado, com a recuperação depois da pandemia de Covid-19, a economia do Paraná cresceu 5,8%. Em 2019, o PIB do Estado somou R$ 466,3 bilhões, enquanto que em 2023 esse índice fechou em R$ 665,6 bilhões, de acordo com a estimativa do Ipardes.
Mesmo com a crise do coronavírus e problemas climáticos, como a forte estiagem que atingiu o Estado nos últimos anos, a economia paranaense mostrou força, consolidando-se como a quarta maior economia do Brasil, com PIB de R$ 614,61 bilhões em 2022 (último dado divulgado pelo IBGE), crescendo 1,5% naquele ano e ultrapassando o Rio Grande do Sul.
E com os bons resultados alcançados no período, o Ipardes projeta um novo crescimento para o PIB paranaense em 2024. Apesar de não ter sido um ano fácil para a agricultura devido a fatores climáticos, entre eles a estiagem, os setores da indústria, do comércio e de serviços cresceram acima do esperado, compensando a queda da agropecuária.
No primeiro semestre de 2024, a indústria paranaense cresceu 2,62% no período, enquanto que o setor de serviços, que engloba também o comércio, registrou aumento de 3,07%. Esses resultados cobriram o recuo de 8,25% registrado pela agropecuária no Estado.
Com esses resultados, o PIB do Paraná deverá chegar a R$ 713 bilhões ao fim de 2024. Será o maior valor da história do Estado, que tem crescido todos os anos. O número leva em conta a taxa real de 2,4% calculada pelo Ipardes para elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 e a projeção da inflação para este ano, estimada em 4,59%.

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PIB NOMINAL – Em termos nominais (considerando a inflação), o PIB paranaense cresceu 104,8% nos últimos 11 anos, passando de R$ 348 bilhões em 2014 para os projetados R$ 713 bilhões em 2024. Houve um salto grande nos últimos anos, com crescimento na casa de R$ 50 bilhões, enquanto nos anos anteriores era de R$ 20 bilhões.
De 2015 a 2019, o valor nominal do PIB crescia cerca de R$ 20 bilhões por ano (R$ 377 bilhões – 2015; R$ 402 bilhões – 2016; R$ 421 bilhões – 2017; R$ 440 bilhões – 2018; e R$ 466 bilhões – 2019).
Em 2020, impactado pela Covid-19, o PIB paranaense foi de R$ 488 bilhões. A partir de 2021, já recuperando-se dos efeitos mais críticos da pandemia, a economia paranaense cresceu 3,5% no ano, chegando a R$ 550 bilhões. Desde então, o crescimento passou a ser de R$ 50 bilhões ao ano (R$ 615 bilhões – 2022; R$ 666 bilhões – 2023; e R$ 713 bilhões – 2024).
“A economia paranaense vem crescendo acima da média nacional nos últimos anos, o que se deve ao êxito das políticas locais de desenvolvimento”, afirma o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.
Outro ponto que ajuda a explicar esse bom resultado são os baixos índices de desemprego e a elevação real dos salários, que garantem aumento do bem-estar da população paranaense. O Estado registrou no terceiro trimestre deste ano a terceira menor taxa de desemprego em 10 anos, com 4% de desocupação, e tem o maior salário-mínimo regional do Brasil.

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ARRECADAÇÃO – Além do bom momento da economia paranaense, outro dado que ajuda a explicar a alta do PIB tem relação com a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em todas as regiões do Estado, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) compilados pelo Ipardes.
A região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, por exemplo, saiu de 5% de participação na arrecadação de ICMS em 2019 para 6,5% em 2023. Em reais, saiu de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,3 bilhões. A região de Maringá, no Noroeste, é outra que expandiu sua contribuição na arrecadação do principal imposto estadual. Em 2019, a participação no bolo era de 5,5%, passando para 6,4% em 2023. Foram R$ 1,4 bilhão naquele ano, contra R$ 2,2 bilhões no ano passado.
O maior aumento, porém, foi registrado na região de Cascavel, no Oeste do Paraná. Com crescimento de 1,7 ponto percentual em cinco anos, a participação na arrecadação do imposto passou de 5,1% em 2019 para 6,8% em 2023. Em termos financeiros, passou de R$ 1,3 bilhão para R$ 2,4 bilhões no período. A região de Guarapuava registrou leve crescimento, de 0,1 ponto percentual, saindo de 0,8% em 2019 (R$ 197 milhões) para 0,9% em 2023 (R$ 315 milhões).
As regiões de Curitiba e Londrina continuam com as maiores participações na arrecadação estadual. A Capital representou 71,9% do ICMS recolhido em 2023, saltando de R$ 19,5 bilhões em 2019 para R$ 25,7 bilhões no ano passado. Já a participação da região de Londrina foi de 7,5% em 2023 (R$ 2,6 bilhões).

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Agricultor vende na feira café cultivado em sua chácara e assim agrega valor ao produto

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Cena icônica: Claudinei Martins Ribeiro mostra habilidade ímpar com a peneira. Foto: Danilo Martins/OBemdito

Quando se fala em agricultura familiar, buscar meios para agregar valor ao produto é um dos conselhos mais persistentes que os técnicos dão para os que tiram das lavouras seu sustento. Umuarama tem vários bons exemplos de quem acatou e se deu bem.

Um deles vem da comunidade de Três Placas, da Chácara São Lucas, que fica a 15 quilômetros do centro de Umuarama; nela, o foco é o café, da variedade obatã, e os protagonistas são Andreia Laguna Ribeiro, 48 anos, e Claudinei Martins Ribeiro, 54 anos.

Claudinei, ou o Nei, como é conhecido, cuida dos afazeres da lavoura; a esposa ajuda nas vendas, nas feiras de hortifrúti de quarta, sexta e domingo [eles são feirantes há 25 anos]. O casal recebeu a equipe d’OBemdito para mostrar a plantação do grão que hoje está supervalorizado [com preço considerado excelente]: cerca de R$ 800 a saca de 40 quilos, em coco].

Agricultor vende na feira café cultivado em sua chácara

Nei e Andreia: parceria e boas iniciativas fizeram o negócio prosperar

Venda direta do café agrega valor

Em sua chácara de dois alqueires, Nei mantém cinco mil pés de café [junto com outras culturas, principalmente frutas], que rendem 150 sacas em coco ou 50, beneficiadas. “Vendo tudo na feira e mais um pouco que eu ‘pego’ do meu pai, que também é um pequeno produtor de café”, conta. São 200 quilos, moídos na hora, que saem da banca do casal, por semana.

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Ele se diz apaixonado pela cultura do café. “Desde nascença!”, dispara, rindo. “Com seis anos de idade eu já estava debaixo dos pés de café, ajudando meus pais na colheita”, acrescenta, depois de exibir uma habilidade ímpar na derriça [retirada dos galhos] e no manejo da peneira; o sobe e desce dos grãos vermelhinhos sendo peneirados rendeu belas imagens.

A secagem no ‘terreirão’ também requer bastante atenção do produtor; já a etapa seguinte, a torra, ele terceiriza. Em relação a preço, costuma fixar um valor 10% a menos do praticado no mercado [o que fica em torno de R$ 32 o meio quilo]. Ele diz que, anos atrás, o preço não estava compensador e pensou em desistir da cultura… “Mas não ‘consegui desistir’… Sempre fui teimoso”, brinca.

A resiliência agora é comemorada. “Meu negócio é aqui, no meio da roça, cuidando do cafezal”, afirma, provando que não precisa de muita terra para viver com conforto. “Não posso reclamar: vivo muito bem com minha família nessa chácara”, exclama, contente.

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Agricultor vende na feira café cultivado em sua chácara

Só alegria: Nei se diz apaixonado pela cultura do café

Guardião da tradição

Nos tempos áureos do café [décadas de 1960 e 1970] a região Noroeste se destacava no Paraná como grande produtora. A decadência provocou êxodo rural acentuado; os agricultores que permaneceram por aqui tiveram que buscar outras opções de cultivo. Atualmente pouquíssimos apostam na cultura.

“Eu sempre soube que meu caminho seria entre os cafezais”, diz Nei com um sorriso que reflete anos de dedicação e perseverança. Ele não esquece os desafios que enfrentou quando os preços eram desanimadores, mas nunca considerou abandonar essa ‘herança’ agrícola. Pelo contrário, viu nas adversidades uma oportunidade de agregar valor ao seu produto.

“Decidi assumir todas as etapas da produção: do plantio à colheita, do processamento à moagem; assim garanto a qualidade do café que ofereço para tantas pessoas que nos procuram na feira… O café que eu vendo é puro, honesto, saboroso e com selo da Vigilância Sanitária”, orgulha-se.  

Ao lado de Andreia, Nei celebra o recente sucesso de seu negócio na feira, que considera a realização de um sonho. “Acho que mereço esse sucesso porque tenho amor pela terra, pelo meu trabalho e por poder colaborar para que tantas pessoas saboreiem o tão apreciado cafezinho“, arremata.

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