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Secretaria da Agricultura orienta produtores do Paraná sobre mudanças no Plano Safra

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O governo federal anunciou nesta semana o Plano Safra 2025/26. São R$ 516,2 bilhões para a agricultura empresarial, destinados a médios e grandes produtores, volume 1,5% superior aos R$ 508,6 bilhões liberados no ciclo passado, e R$ 89 bilhões para a agricultura familiar.

Em termos de disponibilidade de recursos, o custeio foi privilegiado com oferecimento de R$ 414,7 bilhões (no exercício anterior tinha sido R$ 401,3 bilhões). Para investimento houve corte, com o montante passando de R$ 107,3 bilhões para R$ 101,5 bilhões.

Em período de alta na taxa Selic, que está em 15%, os juros oferecidos aos agricultores subirão até 2 pontos porcentuais. Os médios produtores terão os custeios balizados em 10%, enquanto os demais têm taxa de 14%. Os investimentos variam entre 8,5% e 13,5%.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, destacou que, diante desse cenário, o Paraná tem se colocado à frente na boa oferta de crédito aos agricultores do Estado. Em 2020, por exemplo, foi lançado o Banco do Agricultor Paranaense. O governo concede subvenção econômica a produtores rurais, cooperativas e associações de produtores com vistas a fortalecer as cadeias produtivas do Estado.

  • As subvenções de juros variam de 5% até 100% dependendo da categoria do produtor e da finalidade da operação de investimento. “Os benefícios oferecidos pelo Banco do Agricultor Paranaense visam ajudar na tomada de decisão para investimentos que agreguem valor aos produtos e mais ganho aos produtores”, reforçou Marcio Nunes.

Desde sua criação, o Banco do Agricultor Paranaense já possibilitou investimentos superiores a R$ 1,092 bilhão em 8.404 projetos. O Estado equalizou cerca de R$ 311,2 milhões.

Nunes destacou, ainda, que o Paraná também criou, em abril deste ano, o Fundo de Investimento Agrícola do Paraná (FIDC Agro Paraná), primeiro instrumento nesses moldes no Brasil. O objetivo é alavancar até R$ 2 bilhões para o financiamento de projetos estruturantes no campo.

A proposta é impulsionar o agronegócio com apoio direto ao cooperativismo, à modernização tecnológica e ao fortalecimento da renda em regiões produtoras. O Fundo já recebeu o primeiro aporte, no valor de R$ 261 milhões. A operação foi formalizada pela Fomento Paraná, instituição estadual responsável pela estruturação do fundo, em parceria com a cooperativa C.Vale e o Sicredi.

Os juros oferecidos são equivalentes aos do Plano Safra e os prazos se estendem até dez anos para pagamento, possibilitando que pequenos e médios produtores possam investir em tecnologia, infraestrutura e na geração de renda. Os recursos da primeira operação destinam-se à construção de 96 aviários, tanques de piscicultura e matrizeiros para a criação de aves reprodutoras.

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AGRICULTURA FAMILIAR

No Paraná, a agricultura familiar representa cerca de 80% dos 371.051 estabelecimentos agropecuários, levantados no Censo Agro 2017 pelo IBGE. Pelo anúncio do governo federal, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) receberá R$ 78,2 bilhões. Se somar outros programas, como garantia-safra, assistência técnica, Proagro Mais, compras públicas e SocioBio Mais, o valor chega a R$ 89 bilhões.

Ele terá juros entre 0,5% e 8% ao ano. Algumas linhas, no entanto, mantiveram as taxas do ciclo anterior, como a de produção de alimentos da cesta básica, que ficou em 3%. O governo federal aposta também na oferta de R$ 6,5 bilhões em linhas equalizadas para os agricultores que produzirem arroz, feijão, mandioca, leite, ovos, trigo e tomate.

Foi criada faixa de custeio para produtores de milho, café, uva e frutas de inverno, com juros de 6,5% ao ano. A oferta é de R$ 4,9 bilhões em linhas de equalização. A produção orgânica, agroecológica e de produtos da sociobiodiversidade seguirá com 2% ao ano para o Pronaf e disponibilidade de R$ 150 milhões. Todas as linhas de custeio têm teto de R$ 250 mil por beneficiário.

Quando se trata de investimento para compra de máquinas de pequeno porte, a taxa de juro permanece em 2,5%. Mas o limite saiu de R$ 50 mil para R$ 100 mil destinado a família com renda anual de até R$ 150 mil. O governo colocou R$ 500 milhões nessa linha. Colheitadeiras, tratores e implementos de até R$ 250 mil poderão ser comprados com juros de 5% ao ano.

AGRICULTURA EMPRESARIAL

Como no ano passado, o governo decidiu incorporar ao Plano Safra R$ 185 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para emissão de Cédulas de Produto Rural (CPR). Essa modalidade foi criada em 1994 e passou a integrar o Plano Safra a partir do ciclo 2024/25.

Dentro da agricultura empresarial, destinada a médios e grandes produtores, o total de recursos de crédito, no ciclo 2025/26, é de R$ 516,2 bilhões. Para os custeios de lavouras estão previstos R$ 414,7 bilhões, enquanto os investimentos ficam em R$ 101,5 bilhões.

Em relação aos beneficiários, a previsão é que os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) tenham R$ 69,1 bilhões, com taxa de juros de 10%. Houve ampliação do limite de renda para enquadramento, de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões por ano. Já os demais produtores e cooperativas devem receber R$ 447 bilhões.

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O governo decidiu unificar o Moderagro, considerado fundamental pelas entidades do agro paranaense, visto apoiar e fomentar a produção, beneficiamento, industrialização e armazenamento de produtos rurais, e o Inovagro, que tem proposta de incentivar a inovação tecnológica.

Com a unificação, espera-se simplificar o acesso ao crédito. Dessa forma houve aumento no limite disponível para investimentos em granjas, possibilitando que essas estruturas se mantenham sempre atualizadas em relação à sanidade animal. O volume de recursos é de R$ 6,8 bilhões, com taxa de juro de 12,5% ao ano. Já o programa de modernização da frota de tratores contará com R$ 9,5 bilhões e taxa de juros em 13,5%.

O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) também foi ampliado. O limite de capacidade por projeto passou de 6 mil para 12 mil toneladas. Para essa modalidade estão destinados R$ 3,7 bilhões, com juros de 8,5%. O subprograma RenovAgro Ambiental passa a contemplar ações de prevenção e combate a incêndios, além de recuperação de áreas protegidas.

ZARC

A partir deste ano o crédito rural de custeio agrícola passa a exigir a observância das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Anteriormente restrita a operações de até R$ 200 mil contratadas por agricultores familiares do Pronaf com enquadramento obrigatório no Proagro, a exigência se estende agora a financiamentos acima desse valor e a contratos em que o Proagro não é exigido.

O objetivo é evitar a liberação de crédito fora dos períodos indicados ou em áreas com restrições, contribuindo para maior segurança e sustentabilidade na produção. A exceção ocorre somente nos casos em que não houver zoneamento disponível para o município ou para a cultura financiada.

Também será permitido financiamento de insumos e tratos culturais voltados ao cultivo de plantas de cobertura e proteção do solo no período de entressafra.

O acesso ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) passa igualmente a ser facilitado. Os beneficiários do Pronaf e do Pronamp poderão acessar o fundo mesmo que tenham contratos ativos pelo Plano Safra, aumentando as opções de crédito e fortalecendo a capacidade de investimento e produção no setor cafeeiro.

Agência Estadual de Notícias

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Tragédia em Rio Bonito do Iguaçu: veja a lista com as seis vítimas confirmadas; centenas ficaram feridos

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Tragédia em Rio Bonito do Iguaçu: veja a lista com as seis vítimas confirmadas; centenas ficaram feridos

A Polícia Científica do Paraná confirmou neste sábado, 8, a identificação de cinco das seis vítimas fatais do tornado que atingiu o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, na tarde de sexta-feira, 7. O fenômeno climático provocou destruição em larga escala, deixando centenas de feridos e milhares de desabrigados.
As vítimas oficialmente identificadas são:

• Jose Neri Geremias, 53 anos (vítima de Guarapuava)
• Julia Kwapis, 14 anos
• Jurandir Nogueira Ferreira, 49 anos
• Claudino Paulino Risse, 57 anos
• Adriane Maria de Moura, 47 anos
• Jose Gieteski, 83 anos

José Neri, Julia Kwapis, Jurandir Nogueira Ferreira, Claudino Risso e Adriane Maria de Moura, vítimas do tornado no Paraná | Fotos: Cedidas pela família
‘Só vi quando a casa desabou em cima de mim’: vítima relata destruição
A diarista Eloina da Silva, de 45 anos, estava na cozinha fazendo o jantar para a família quando o teto da casa começou a ruir durante o tornado. A mulher contou ao Estadão que foi socorrida desacordada após ser atingida pela estrutura do imóvel.
“Só vi quando a minha casa desabou em cima de mim. É o que eu consigo lembrar”, contou a diarista. Um dos dois filhos de Silva também estava dentro da casa no momento do fenômeno sem precedentes na história do Estado, mas ele não ficou ferido.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o município localizado a aproximadamente 380 quilômetros de Curitiba registrou ventos acima de 250 km/h.
“Foi dentro de segundos. Uma destruição. Foi muito feio”, lembrou. A estrutura desabou, e parte da casa caiu sobre ela. “Eu estava sangrando muito e tiveram que me levar desacordada para o hospital. A estrutura da casa caiu em cima de mim. Acho que foi um pedaço de madeira que caiu na minha cabeça”, relatou.
A diarista conta que sofreu ferimentos graves e foi levada para um hospital da região que estava lotado. Segundo o Governo do Paraná, ao menos 750 pessoas que ficaram feridas no tornado foram atendidas até o início da tarde deste sábado, 8.

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O atendimento inicial das vítimas está sendo feito em duas unidades hospitalares, uma unidade básica de saúde (UBS) e uma faculdade de Laranjeiras do Sul. Os pacientes que precisam de transferências são encaminhados ao Hospital Universitário de Cascavel e ao Hospital Regional de Guarapuava.
“Na cabeça, estou com um corte. Em um braço, levei sete ou oito pontos. Em uma perna, do joelho para baixo, estou com 15 pontos. Do joelho para cima, tem dez. Na boca, estou com sete pontos”, diz Silva, que recebeu alta por volta das 4h da madrugada.
Ao Estadão, a mulher afirmou que está com os filhos na casa da irmã, no Campo do Bugre, distrito de Rio Bonito do Iguaçu. Segundo ela, um de seus vizinhos está entre os seis mortos em decorrência do tornado.
O governador Ratinho Junior (PSD) decretou luto oficial de três dias em razão das mortes dos moradores das cidades afetadas.

 


Foto: Ari Dias/AEN

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