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QUARTO CENTENÁRIO

Córneas produzidas por bioengenharia podem curar a cegueira de milhões de pessoas

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Córneas produzidas por bioengenharia podem curar a cegueira de milhões de pessoas

 

Com a nova tecnologia, uma única doação de córnea curaria mais de 30 pessoas da cegueira. – Foto: Stefanie Zingsheim/Universidade de Sydney
Uma impressora 3D e replicação celular feita por bioengenharia podem resolver um dos maiores problemas de saúde dos olhos no mundo: a escassez de córneas saudáveis para transplante. E o mérito dessa descoberta é dos cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália.
Após longos estudos, eles descobriram que podem reproduzir um número considerável de córneas, que ajudaria a abastecer os bancos e reduzir as filas de pacientes em espera por um transplante. Hoje, a média é de apenas um doador para cada 70 pessoas.
Com a reprodução em laboratório, a expectativa dos pesquisadores é que uma única doação possa ser capaz de fornecer tratamento para 30 pessoas. É a ciência e a tecnologia se unindo, mais uma vez, por um bem maior!

 

Janelas da alma
Fica para a córnea um dos papéis mais importantes da nossa visão. Essa camada transparente que fica na frente a íris e da pupila funciona como um “para-brisa”, que centraliza toda luminosidade na nossa retina e promove a boa visão.
Apesar de resistente, essa camada sofre danos ao longo dos anos. Quando isso acontece por doença ou ferimento, o paciente fica cego ou com alguma deficiência visual.
Até o momento, o único método eficaz para reverter essa condição é por meio do transplante de córnea.

Tudo começou em uma viagem
A grande mente por traz do projeto é o professor Gerard Sutton. Ele contou que toda a ideia começou após uma viagem que fez a Mianmar, na Ásia, em 2004. A ideia era ajudar pessoas em situação de cegueira e treinar cirurgiões para realizar transplantes de córnea.
Ele contou que transportou quatro córneas doadas em um recipiente com gelo. Só que quando chegou na clínica, mil pessoas esperavam, graças a um pequeno artigo num jornal local.
Entre mil homens e mulheres cegos, ele teve que selecionar quatro que seriam os mais adequados para o transplante: escolheu os jovens.
A situação mexeu muito com ele. Foi a partir daí que decidiu que precisava fazer algo além para ajudar essas pessoas.

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“Às vezes até me surpreende”
Gerard então entrou como cofundador da a Bienco, a empresa responsável por criar a tecnologia das córneas a partir da bioengenharia.
Agora, eles estão perto de um método mais acessível que prometem revolucionar a forma como os transplantes de córnea são realizados no mundo.
“Estamos perto de sermos capazes de realmente produzi-los, cultivá-los, podemos pegar um pouco de pele de um doador e criar, em uma escala muito grande, aquelas janelas diante dos olhos. E, para ser honesto, às vezes até me surpreende”, reforçou.

Desafio de deixar a estrutura transplantável
As córneas artificiais da Bienco são baseadas em colágeno – as proteínas que formam o cabelo, a pele, as unhas e o tecido conjuntivo.
Isto tende a criar tecidos opacos, como a nossa pele, e por isso o primeiro desafio foi tornar o colágeno transparente.

Feito isso, Sutton e os outros pesquisadores descobriram como aplicar as muitas camadas de colágeno para criar uma estrutura de córnea que pudesse ser transplantável.

 

 

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Disponível em até 4 anos
Com financiamento do Medical Research Future Fund da Austrália, a Bienco recebeu um aporte de mais de R$ 115 milhões para continuar o desenvolvimento da pesquisa.
Sutton acredita que, em três ou quatro anos, a tecnologia já deve estar disponível.
Agora é entrar na torcida para que o projeto seja comercializado o mais rápido possível!
Por Karen Belém
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CAMPINA DA LAGOA

Governo aumenta público-alvo da vacinação contra HPV

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Governo aumenta público-alvo da vacinação contra HPV

Pacientes com papilomatose respiratória recorrente passaram a integrar os grupos prioritários para a vacinação contra o HPV. A inclusão, de acordo com o Ministério da Saúde, foi motivada por publicações que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para a doença, indicando redução no número e no espaçamento de recidivas em pacientes imunizados.

 


A vacina contra o HPV, no caso de pacientes com papilomatose respiratória recorrente, será ofertada mediante apresentação de prescrição médica. Para pacientes menores de 18 anos de idade, é necessário apresentar também um documento com o consentimento dos pais ou de responsáveis.
DOENÇA
De acordo com a pasta, a papilomatose respiratória recorrente é uma doença pouco frequente, em geral benigna, mas que pode causar grave comprometimento clínico e psicológico nas pessoas afetadas. O quadro acomete tanto crianças como adultos.
Causada pela infecção pelo próprio HPV, sobretudo pelos tipos 6 e 11, a doença caracteriza-se pela formação de verrugas, geralmente na laringe, mas que podem se estender para outras partes do sistema respiratório.
O tratamento é cirúrgico, para remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe. “Mesmo com uso concomitante de medicamentos que podem ser associados ao procedimento, as recorrências são frequentes, sendo necessários repetidos procedimentos cirúrgicos”, destacou o ministério.
“Nos quadros de pior evolução em crianças, as recidivas são mais agressivas e o prognóstico é pior. Dessa forma, o tratamento, na maioria das vezes, é extremamente custoso, doloroso e, muitas vezes, ineficaz”, diz a pasta.

 

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DOSE ÚNICA
Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV no país passou a ser feita em dose única, substituindo o modelo de duas doses. A proposta, segundo a pasta, é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, inclusive a papilomatose respiratória recorrente.
O esquema dose única contra o HPV foi embasado por estudos de eficácia e segue as recomendações mais recentes feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

QUEM PODE SE VACINAR
A imunização contra o HPV no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
TESTAGEM
Em março, o ministério anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de 5 em 5 anos.
A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.
INFECÇÃO
O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.
Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, o câncer de colo de útero segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.
Agência Brasil

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