Umuarama
Falhas nos Correios causam prejuízos a empreendedores e atrasos em entregas em Umuarama
Para a empresária Ana Carolina Bruder as dificuldades com atrasos e rastreamento de encomendas atinge seu trabalho em Umuarama (Foto Danilo Martins/OBemdito)
O serviço dos Correios em Umuarama enfrenta um colapso silencioso. No fim de maio, a reportagem do site OBemdito flagrou a presença de carteiros de outras cidades, como Londrina, atuando na entrega de encomendas no município.
A medida seria uma tentativa emergencial de dar vazão ao alto volume de pacotes acumulados no Centro de Distribuição Domiciliada (CDD), localizado na Avenida Padre José Germano Neto.

A empresária Ana Carolina Braga de Mello Bruder Soares, de 36 anos, é uma das afetadas. Ela trabalha com confecção de bonecos personalizados feitos de biscuit e resina 3 D e sua empresa, a Ohana Toy Art, depende quase exclusivamente dos Correios para receber matéria-prima e despachar produtos.
“Tem encomenda que enviei no início de abril e só foi atualizar no rastreamento no final de maio. E tem cliente achando que a gente está mentindo, porque o prazo estoura e não temos nenhuma informação oficial”, relata.
Segundo Ana Carolina, além dos atrasos prolongados, há registros de encomendas marcadas como entregues que não chegaram ao destino.
“Isso gera frustração, perda de credibilidade e até prejuízo financeiro. E o pior: não temos qualquer tipo de resposta oficial dos Correios”, afirma.
A falta de comunicação tem sido uma das maiores queixas. A empresária soube de uma possível greve interna apenas por meio de vídeos nas redes sociais, que mostravam caminhões parados em postos de combustíveis na região. “Nem nota oficial teve. Ficamos reféns de rumores”, lamenta.
Apesar de receios sobre um possível colapso no atendimento a beneficiários do INSS vítimas de fraudes, a reportagem conseguiu verificar que esses serviços serão realizados por uma franquia da marca que fica na Rua Aricanduva, sem impacto no CDD. E, que nem mesmo os aposentados, devem ter problemas com atendimento.
Sucateamento
Para a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), o problema vai além de falhas pontuais.
Em nota, a entidade aponta um processo contínuo de sucateamento da estatal. “Unidades estão sendo desmanteladas, equipamentos deteriorados, trabalhadores sobrecarregados. Há uma precarização evidente”, afirma o sindicato.
A entidade também denuncia transferências arbitrárias de funcionários, abandono de recursos básicos como viaturas e bicicletas, além de assédio moral. Para a Findect, o objetivo por trás do caos é enfraquecer a estatal para favorecer a privatização.
“Enquanto os Correios perdem força, empresas privadas avançam. Parece haver uma escolha deliberada por esse caminho.”
Enquanto isso, empreendedores como Ana Carolina seguem sem respostas e com sua produção comprometida. “É muito difícil manter um negócio funcionando sem previsibilidade. A situação é insustentável.”
Como de costume, a chefia local dos Correios em Umuarama não se manifestou. A responsabilidade pelos posicionamentos oficiais é da assessoria de imprensa da estatal em Curitiba, que também não respondeu aos questionamentos sobre os problemas relatados pelos entrevistados.
Umuarama
Hemonúcleos precisam de doações urgentes de sangue dos tipos O- e O+
Foto: Gilson Abreu/AEN
O Hemonúcleo de Umuarama também convoca doadores para conseguir suprir a necessidade da rede de saúde
Os hemonúcleos do Paraná precisam de doações de sangue dos tipos O+ e O- com urgência. O hemonúcleo de Umuarama também solicita que os doadores compareçam para fazer a coleta. Na semana passada OBemdito divulgou o apelo da unidade local, que estava com o estoque de bolsas de todos os tipos de sangue praticamente zerado.
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), por meio do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), divulgou o apelo por doações de sangue. De acordo com o chefe do Hemonúcleo de Umuarama, Cláudio Francisconi, a falta de sangue dos tipos O+ e O- atinge toda a rede Hemepar.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a importância da ação. “A doação de sangue é um ato de solidariedade que salva vidas. Historicamente, com a baixa nas temperaturas, as doações costumam diminuir, mas a demanda por sangue permanece. Por isso, cada doação pode fazer toda a diferença”, afirmou.
A Rede Hemepar conta com 23 unidades distribuídas em todo o território paranaense e fornece hemocomponentes para 384 hospitais. O Hemepar ressalta que, para maior conforto do doador, é importante agendar o horário com antecedência. O agendamento online acontece no site da Sesa.
Quem pode doar
Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal. Homens podem doar a cada dois meses, no máximo quatro vezes ao ano. Mulheres, a cada três meses, num total de três doações ao ano.
O doador deve pesar no mínimo 50 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação). Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação).
Doações de sangue no Paraná
No ano passado, a Hemorrede registrou 202 mil doações, numa média de mais de 16,8 mil doações por mês. Este ano, até agora, a Rede já registrou 133 mil doações, o que corresponde a uma média de quase 18 mil bolsas de sangue por mês. O sangue captado na Hemorrede serve para atender a demanda de 95,6% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná.
“O estoque adequado de todos os tipos sanguíneos é fundamental para o funcionamento das unidades hospitalares. Para garantir os estoques adequados dos tipos O+ e O-, solicitamos o apoio da população para realizar a doação”, afirmou a diretora do Hemepar, Vívian Patrícia Raksa.
Cada doação gera, em média, de 450 ml a 470 ml de sangue. Posteriormente, os técnicos realizam o fracionamento de cada bolsa em até quatro hemocomponentes: hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado (plasma fresco congelado). Assim, uma única bolsa pode ajudar a salvar até quatro vidas.
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